SETA CERTEIRA
Dispara-me
seta
certeira.
Invada-me o coração,
beija-me
o silêncio,
objeto
do meu desejo.
Atravessa-me
a alma.
Fere-me,
estrela que não vejo.
Lapida-me
ensina-me
esculpa-me
lentamente,
injeta-me
veneno inexistente.
Queima-me
clarão e lampejo,
mata-me
ao som de um velho realejo.
Renasça-me
no além-Tejo.
Seu movimento em arco
simboliza meu palco secreto,
adormecido há séculos...
Ilumina-me
passado e futuro.
Seta certeira
amor, beleza
e ouro puro.
13/12/2008
WILDON LOPES
Enviado por WILDON LOPES em 14/12/2008