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A Poesia simples como o tempo emociona o entorno da Alma colorindo o Universo
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CORREDOR DAS RIMAS

E por falar em rimar
quero te olhar hoje
como a lua mira a terra...
Defronte às ondas do mar.

Quero ouvir tuas palavras mais belas
e acreditar que no horizonte distante
e profundo
exista um navio pirata,
cinza,
como pano de fundo
e sopro de vida
para iluminar
esse nosso grande amor.

Amar é esse rimar
que navega
qualquer barco
que atravessa
o ventre singelo do mar.

Amar é buscar uma força interna
e te esperar na areia da margem:
se não apareces, és miragem!
Se não chegas, és satélite!

Ah! essa espera eterna que me apavora...
Debruçado em minha janela
ainda ouço a serenata a tocar.
Som de navio
vindo do cio
das ondas que arrebentam-se a bailar.
Amar é ser feliz
sob o silêncio
ostentado das estrelas.

Amar é sentir o frio das nebulosas
gigantes
e observar o brilho dos cometas
perder-se nas ilhas
das inalcançáveis galáxias.

Confundo-te em rimas
e escondo-te
inconfundíveis mistérios.
Aceito-a
palavras palpáveis
em meu singular poder.
Ouço-a
como trovões, gritos
e murmúrios inaceitáveis.

Palavras presas
ecoam da tua garganta,
palavras presas
explodem todas num segundo:
um big-bang da rima,
uma explosão de acordes,
voz de menina.
.
Procuro você
durante o dia
em meio à ventania dispersa
entre as nuvens rasas
que me desafiam,
entre as frestas de sol
sobre o teu corpo nú
entre as caladas cores
que desfilam
sobre o teu corpo azul.

O revoar de pássaros
Compõem-se em tela
pintada em noite nobre e bela.
Tamanha alegria
Felicidade incontida
entre as noites e os dias.
Visto do alto
as cidades amanhecem solitárias...

Tocam-se os sinos
pra anunciar a poesia completa
no coração dos amantes.
Cantam-se cantigas de verão.
Sonham-se os sonhos de inverno
idênticos sinais
de notas
musicais
cifradas em cânticos
cantadas em poemas e rimas
ritmados e fincados na areia
defronte o mar,
onde habitam estranhos animais
marinhos.

Ah! Essa espera sublime pelos barcos que regressam das noites chuvosas.
Enquanto espero pelo seu retorno
faço rimas
num livro sem escritas,
jogo palavras no escuro vento,
invento-as
sem nexo ou sentido
invertidos e submersos versos sem refrão

E espero que esse poema
não tenha sido feito em vão!


wildon
16/03/2004
WILDON LOPES
Enviado por WILDON LOPES em 10/06/2006
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